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Engenharia de Produção - Campus Angicos

Professora do curso é entrevistada no Programa “Você Empreendedor” na Rádio Cabugi Central

Estudante, Extensão, Gestão 24 de maio de 2017. Visualizações: 937. Última modificação: 24/05/2017 16:52:22

Hoje, a Professora MSc. Marianna Cruz Campos foi entrevistada no Programa “Você Empreendedor” para comentar um pouco sobre o Movimento Empresa Júnior na UFERSA/Angicos e um pouco da sua experiência como pós júnior da Produtiva Junior – Empresa Júnior do Curso de Engenharia de Produção. Você perdeu a entrevista? Então confira os principais questionamentos realizados na entrevista.

José Anjo: “O nosso tema de hoje trata sobre empresa júnior, que e um tipo de empresa que nasce na universidade. Qual é o conceito de empresa júnior e qual o objetivo de sua criação?”

Profª Marianna Campos: “Então, vamos lá. Empresa Júnior é uma empresa gerida por estudantes matriculados em cursos de graduação, que tem o propósito de realizar projetos e serviços para o desenvolvimento acadêmico e profissional dos próprios alunos. O grande objetivo é capacitar os alunos para o mercado de trabalho.”

José Anjo: “O aluno recebe alguma remuneração pelas atividades desenvolvidas?”

Profª Marianna Campos: “Cabe ressaltar que o trabalho desenvolvido é voluntário, não tem fins lucrativos. Mas isso não quer dizer que o serviço prestado sairá de graça para quem deseja os serviços da empresa. Pois existem custos como o deslocamento para o acompanhamento da consultoria, materiais de escritório, tudo o que é necessário para a consultoria acontecer. O aluno não é remunerado financeiramente, mas é pago com o conhecimento das experiências vividas no mercado. A renda obtida com os projetos deve ser reinvestida na EJ para melhorar os serviços prestados (sempre que eu falar EJ estarei falando sobre Empresa Júnior). Além disso, os serviços que cada empresa júnior presta devem estar relacionados com as atribuições do profissional que aquele curso forma. Não pode ter uma Empresa Júnior de Computação querendo realizar serviços de Química, por exemplo. Essas atividades, são orientadas e supervisionadas pelos professores do curso para que os resultados obtidos sejam os melhores para os alunos e empresa. “

José Anjo: “Então qual o diferencial para o empresário em contratar uma empresa júnior e não uma empresa convencional?”

Profª Marianna Campos: “Então, nessas características temos um grande diferencial: profissionais capacitados, pois os membros ainda se encontram na universidade, estudando e se aperfeiçoando, a um custo mais baixo para quem contrata, pois o objetivo não é lucrar e sim desenvolver e capacitar seus membros, por meio da vivência da teoria com a prática.”

José Anjo: “Existe alguma legislação que regulamente a atuação das empresas juniores no país?”

Profª Marianna Campos: “Legalmente, no dia de 06 de abril de 2016 foi sancionada uma lei que determina sobre criação e organização de EJ em instituições de ensino superior. Mesmo legalmente sendo muito recentes, existem empresas bastante antigas como a ADM Consult do curso de Administração da UFRN que atua no mercado há 25 anos. O Movimento Empresa Júnior no Brasil é bem mais consolidado e mais estruturado também no mundo inteiro. No RN temos 16 EJ federadas pela RN Júnior, no Brasil 450 reconhecidas pela Brasil Júnior, reúne todas as federações estaduais. Tanto a federação como a confederação auxiliam no processo de consolidação, treinamentos, representando. O movimento informal é bem maior.”

José Anjo: “O Movimento Empresa Junior tem origem na França, em 1967 na Escola Superior de Ciências Econômicas e Comerciais de Paris e soube que ele está chegando aqui no campus da UFERSA em ANgicos, e inicialmente pelo curso de Engenharia de Produção. Qual o nome da empresa e o que sera ofertado por ela?

Profª Marianna Campos: “Acrescento mais,  a UFERSA vem com um movimento bastante intenso, novas empresas surgindo como a SETUP – de Computação, EMBASA – de Biotecnologia Aplicada ao Semiárido, PROJECT JR do curso de Engenharia de Produção em Mossoró, BR Oil Consultoria de Engenharia do Petróleo, Quatro Elementos de Administração, ALPE – de Engenharia Civil, por exemplo. Em Angicos está sendo criada a PRO Jr Consultoria. É uma Empresa Júnior do curso de Engenharia de Produção da UFERSA Angicos. Atualmente é formada por 9 alunos, e eles também são seus membros fundadores. Eu atuo como professora tutora. Na suaa Carta de Serviços estão presentes algumas áreas de trabalho da Engenharia de Produção, como mapeamento de processos, gestão de estoques, planejamento estratégico, plano de marketing, gerenciamento e controle de fluxo de caixa, entre outros serviços.”

José Anjo: “Qual o impacto e que benefícios a senhora acredita que ela possa trazer para os negócios do município de Angicos e da região?

Profª Marianna Campos: “Quanto ao impacto e benefícios, percebe-se, um ambiente cheio de oportunidades de melhoria. A empresa júnior pode promover o desenvolvimento econômico e social da comunidade, ao contribuir para a melhoria da gestão dessas empresas. Além disso, as EJs buscam estimular o espírito empreendedor de seus membros. Todo mundo sabe, que A UFERSA/Angicos possui muitos alunos de outras localidades e esse estímulo ao empreendedorismo pode contribuir para surjam novas empresas, assim como novos produtos e serviços na região.”

José Anjo: “Marianna, a senhora será tutora da empresa júnior de produção, já participou quando aluna da UFRN, em Natal, como como membro de uma empresa júnior. Gostaria que a senhora trouxesse um depoimento sobre a experiência vivenciada quando aluna e um breve relato de um caso que marcou sua participação como membro desta empresa.

Profª Marianna Campos: “Eu atuei na Produtiva Junior, EJ do curso de Engenharia de Produção da UFRN durante os anos de 2010 e 2011. A Produtiva Jr tinha sido fundada um ano antes em 2009, por 5 alunos de graduação que estavam no 3º período e que desejavam vivenciar o mercado o mais cedo possível, além disso, o próprio curso de engenharia de produção ele é recente no Estado, e tem até hoje empresas que não conhecem. Então, existia uma carência de estágios e oportunidades. Minha atuação no período se concentrou na Diretoria de Gestão de Pessoas, entrei como trainee, passei a ser consultora e realizei projetos de mapeamento de processos, evolui para gerência e finalizei como Diretora de Gestão de Pessoas. Aprendi muito dos dois lados, realizando projetos, lidando com o cliente, buscando decifrar suas expectativas, assim como no próprio funcionamento da empresa. Lá realizamos a seleção dos membros, fazíamos treinamentos internos, avaliação dos membros, reuniões semanais com equipes de trabalho com os demais diretores. Foi uma época bastante engrandecedora. A Produtiva Júnior até hoje já impactou positivamente na vida de mais de 60 clientes, só no ano passado passaram pela empresa 44 membros que foram responsáveis por mais de 100 mil reais em faturamento, o maior faturamento da história do RN.

“Tinha uma frase que escutávamos muito: ‘Quando você sai de uma EJ, você não sai rico, porém você sai caro’. Essa frase faz menção justamente ao desenvolvimento pessoal e profissional que todo aluno tem ao passar por uma EJ. Por mais que você não ganhe ‘rios’ de dinheiro, o aluno aprende muito sobre si mesmo, além de agregar muito conhecimento e experiência.”

Marianna Cruz Campos