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Engenharia de Produção - Campus Angicos

Allison Bruno da Costa Freitas

Flaubia Eshelly da Silva Ferreira

Juliene Felipe Duarte Varela de Morais

Lara Thifanny Soares Dantas

ENGENHARIA DE OPERAÇÕES E PROCESSOS DA PRODUÇÃO

Projetos, operações e melhorias dos sistemas que criam e entregam os produtos (bens ou serviços) primários da empresa.

Gestão de Sistemas de Produção e Operações

Sistema é um conjunto de partes que interagem entre si com um objetivo comum, em uma sinergia, que atuam de acordo com os insumos no sentido de produzir um resultado.
Sistemas de produção, é a maneira pela qual a empresa organiza sua estrutura e realiza suas operações de produção , adotando uma interdependência lógica entre todas as etapas do processo produtivo, desde o momento em que os materiais e matérias-primas saem do almoxarifado até chegar ao depósito como produto acabado.

Gestão de operações pode ser definida como o planejamento, operação, controle e melhoria dos processos que transformam recursos em bens ou serviços.

Os processos produtivos são administrados considerando quatro dimensões: Volume, Variedade, Variabilidade e Visibilidade

Planejamento, Programação e Controle da Produção

O planejamento, programação e controle da produção é uma área de decisão da manufatura, relacionada ao planejamento e controle dos recursos do processo produtivo, com o objetivo de gerar bens e serviços.

É um sistema de transformação e informações, pois recebe informações sobre estoques existentes, vendas previstas, linha de produtos, maneiras de produzir, capacidade produtiva, entre outros; onde essas informações são transformadas em ordens de fabricação.

Esse sistema PPCP, corresponde a uma função da administração que planeja e controla os suprimentos de materiais e atividades de processo da empresa, com o objetivo de que produtos específicos sejam produzidos por métodos específicos para atender o programa de vendas preestabelecido. Ele deve informar sobre os recursos da produção, envolvendo  as pessoas, equipamentos, instalações, materiais, ordens de compra e produção; além de saber agir de forma eficaz a qualquer eventualidade que ocorra.

O PPCP utiliza métodos, normas, procedimentos e programas, para a tomada de decisões, ou seja, os meios que serão utilizados para que sejam alcançados os objetivos, o PPCP visa determinar, de forma antecipada, quais as metas a serem atingidas, bem como a forma que se deve fazer para atingi-las da melhor maneira possível.

Consequentemente o PPCP age como protagonista em um processo produtivo, pois através de suas ações é possível controlar os inputs e outputs, de forma que as demandas de produção sejam atendidas com eficiência para que o atendimento à demanda de mercado seja eficaz.

Gestão da Manutenção

Gestão da manutenção é então o conjunto de técnicas indispensáveis ao funcionamento regular e permanente de máquinas, equipamentos, ferramentas e instalações. Esses cuidados envolvem a conservação, a adequação, a restauração, a substituição e a prevenção. Em suma, manutenção é atuar no sistema como um todo, com o objetivo de evitar quebras e/ou paradas na produção, bem como garantir a qualidade planejada dos produtos.
É bem simples identificar uma empresa onde a gestão da manutenção não ocorre ou é falha, pois gera consequências para a organização como um todo. Dentre elas podemos destacar:

  • Paradas de produção não previstas
  • Atrasos na produção
  • Aumento dos custos
  • Aumento dos riscos de acidentes
  • Perda na lucratividade da empresa
  • Não atendimento de prazos acordados
  • Insatisfação dos clientes
  • Perda de contratos, entre várias outras consequências subsequentes dessa.

A manutenção pode ser classificada em:

  • Manutenção Corretiva não planejada: Esse tipo de manutenção é caracterizado pela atuação das equipes de manutenção em fatos que já ocorreram, sejam estes fatos com desempenhos inferiores ao almejado ou uma falha. Não há tempo para preparação de componentes e nem de planejar o serviço; isto é, manutenção corretiva não planejada é a correção de falhas de modo aleatório a fim de evitar outras consequências. Do ponto de vista do custo de manutenção, esse tipo tem custo menor do que prevenir falhas nos equipamentos. Porém, pode causar grandes perdas por interrupção da produção.
  • Manutenção Corretiva planejada: Neste caso, tem-se uma falha ou condição anormal de operação de um equipamento e a correção depende de decisão gerencial, em função de acompanhamento preditivo ou pela decisão de operar até a quebra. A decisão de adotar a política de manutenção corretiva planejada pode ser originada com base em vários fatores, tais como: negociação de parada do processo produtivo com a equipe de operação, aspectos ligados à segurança, melhor planejamento dos serviços, garantia de ferramental e peças sobressalentes, necessidade de recursos humanos tais como serviços contratados. Esse tipo de manutenção possibilita o planejamento dos recursos necessários para a intervenção de manutenção, uma vez que a falha é esperada.
  • Manutenção Preventiva: Trata-se de atuação realizada de maneira a reduzir ou evitar a falha ou a queda no desempenho do equipamento, obedecendo a um plano de manutenção preventiva previamente elaborado, baseado em intervalos definidos de tempo, isto é, manutenção baseada no tempo. Qualquer ativo físico solicitado para realizar uma determinada função estará sujeito a uma variedade de esforços. Esses esforços gerarão fadiga e isto causará a deterioração desse ativo físico reduzindo sua resistência à fadiga. Essa resistência reduzir-se-á até um ponto no qual o ativo físico pode não ter mais o desempenho desejado, em outras palavras, ele pode vir a falhar. Utilizando dados estatísticos de arquivos ou históricos disponíveis nas empresas procura-se determinar o tempo provável em que ocorreu a falha, pois sabe-se que esta poderá ocorrer mas não se pode determinar exatamente quando. Pode-se, ainda, reduzir a probabilidade de falhas pelo fato da manutenção ser programada com antecedência, sendo o ônus dessa paralisação substancialmente baixo. A manutenção preventiva caracteriza-se pelo trabalho sistemático para evitar a ocorrência de falhas procurando a sua prevenção, mantendo um controle contínuo sobre o equipamento. A manutenção preventiva é considerada como o ponto de apoio das atividades de manutenção, envolvendo tarefas sistemáticas tais como: as inspeções, substituição de peças e reformas.
  • Manutenção Preditiva: Também é conhecida como manutenção sob condição ou manutenção com base no estado do equipamento. É baseada na tentativa de definir o estado futuro de um equipamento ou sistema, por meio dos dados coletados ao longo do tempo por uma instrumentação específica, verificando e analisando a tendência de variáveis do equipamento. Esses dados coletados, por meio de medições em campo como temperatura, vibração, análise físico-química de óleos, ensaios por ultra-som, termografia, não permitem um diagnóstico preciso; portanto, trabalha-se no contexto de uma avaliação probabilística. Esse tipo de manutenção caracteriza-se pela previsibilidade da deterioração do equipamento, prevenindo falhas por meio do monitoramento dos parâmetros principais, com o equipamento em funcionamento. A manutenção preditiva é a execução da manutenção no momento adequado, antes que o equipamento apresente falha, e tem a finalidade de evitar a falha funcional ou evitar as consequências desta.

Projeto de Fábrica e de Instalações Industriais: organização industrial, layout/arranjo físico
O arranjo físico de uma operação ou processo é como seus transformadores são posicionados uns em relação aos outros e como as várias tarefas da operação serão alocadas a esses recursos transformadores.

Tipos básicos de arranjo físico: Posicional, Funcional, Celular e Por produto. A escolha do arranjo físico é muito importante , pois é onde ficará definido o local de cada componente do sistema. Diversos modelos de layout visam redução da movimentação dentro da área fabril.

A definição dos espaços de trabalho tem como objetivo a obtenção de um arranjo espacial que tenha o melhor desempenho conjunto das características de custo, flexibilidade , segurança, condições de trabalho, condições de controle e qualidade para o processo produtivo.

Este arranjo deve seguir os seguintes princípios: Princípio da integração, Princípio da mínima distância, Princípio de obediência ao fluxo das operações, Princípio do uso das 3 dimensões, Princípio da satisfação e segurança e Princípio da flexibilidade.

Processos Produtivos Discretos e Contínuos: procedimentos, métodos e sequências

Processo produtivo é a combinação de fatores de produção para obter um dado produto final. Esse processo está relacionado com o conceito do processo de transformação, que é o uso de recursos para mudar o estado ou condição de algo para produzir saídas.

Os Processos Produtivos Discretos, são os processos de bens e serviços que podem ser separados em lotes ou unidades. Não depende do tipo de produto em si, mas da forma como os sistemas estão organizados para atender a demanda. Suas principais características de definição são: aqueles em que a produção de bens e serviços podem ser isolados em lotes ou unidades.

Os Processos Produtivos Contínuos, são aquelas em que na produção de bens e serviços, o produto não pode ser identificado individualmente. Assim, não se consegue separar facilmente dentro da produção uma unidade do produto das demais. Suas principais características de definição são: produção de grandes volumes e produtos com baixa variedade e alta demanda.

Engenharia de Métodos

Segundo Souto (2002), a Engenharia de Métodos estuda e analisa o trabalho de forma sistemática, objetivando desenvolver métodos práticos e eficientes buscando a padronização do processo. Dentre as ferramentas utilizadas, o projeto de métodos se destina a encontrar a melhor forma para execução de tarefas, a partir do registro e análise de determinado trabalho, busca-se idealizar e aplicar métodos mais cômodos que conduzam a maior produtividade.
O campo da engenharia dos métodos estuda a concepção e a seleção da melhor organização da atividade, ainda avalia o melhor método de produção, dos processos, do uso das ferramentas e equipamentos e das competências operacionais para produzir um produto. Com o objetivo de reduzir o tempo de produção para o mercado, garantir maior qualidade e padronização, e ainda facilidade e economia de meios na fase de industrialização e de produção.

Referências

ALMEIDA, Cleidson. PROCESSOS PRODUTIVOS DISCRETOS E CONTÍNUOS: PROCEDIMENTOS, MÉTODOS E SEQUÊNCIAS. Engenharia e trabalho. Disponível em: <https://engenhariaetrabalho.blogspot.com/2018/05/15-processos-produtivos-discretos-e.html>.

BERNARDO, Júlio Samuel Sávio. Projeto de instalações industriais e sustentabilidade ambiental. Abepro. <http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2009_tn_sto_091_618_13956.pdf> .

COLET. A importância do Planejamento, Programação e Controle da Produção na Indústria. Disponível em: <https://coletsistemas.com.br/a-importancia-do-planejamento-programacao-e-controle-da-producao-na-industria/>.

MARQUES, José Roberto. ENTENDA O CONCEITO DE ADMINISTRAÇÃO DE PRODUÇÃO E OPERAÇÕES. IBC. Disponível em: <https://www.ibccoaching.com.br/portal/entenda-o-conceito-de-administracao-de-producao-e-operacoes/>.

MUCIDA, Samuel. O que é Gestão da Manutenção e como você pode economizar com ela. Soluções e consultoria. Disponivel em: < https://solucoesufv.com.br/conteudo/e-gestao-da-manutencao-como-voce-pode-economizar-ela/#:~:text=Gest%C3%A3o%20da%20manuten%C3%A7%C3%A3o%20%C3%A9%20ent%C3%A3o,a%20substitui%C3%A7%C3%A3o%20e%20a%20preven%C3%A7%C3%A3o.>.

NOGUEIRA, Camila. Conheça as áreas de atuação da Engenharia de Produção. FICR. Disponível em: <https://inscricaoficr.catolica.edu.br/blog/areas-de-atuacao-engenharia-de-producao#:~:text=Engenharia%20de%20Opera%C3%A7%C3%B5es%20e%20Processos,melhorias%20e%20gerenciar%20as%20opera%C3%A7%C3%B5es.>.

SANTORO, Miguel Cezar; MORAES, Luiz Henrique. PLANEJAMENTO E PROJETO DE ARRANJO FÍSICO (PLANT LAYOUT) DE UMA FÁBRICA DE MOTORES. Abepro. Disponível em: <http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2001_TR13_0643.pdf>.

SLACK, Nigel; CHAMBERS, Stuart; JOHNSTON, Robert. Administração da Produção. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2002. Tradução de: Maria teresa Corrêa de Oliveira, Fábio Alher.

26 de junho de 2021. Visualizações: 9654. Última modificação: 26/06/2021 13:47:39